A semana passada falamos sobre a Epigenética, um novo ramo da ciência que vem nos convidando a rever tudo o que sabemos sobre nós.
A crença de que o nosso destino é determinado pelos nossos gens e que nós, seres humanos, éramos os mais complexos seres da terra, veio por água a baixo desde 1980 com o Projeto Genoma. A idéia de que a menor partícula da célula era o átomo e que o núcleo da célula era o seu cérebro também. E afinal qual o significado de tudo isso?
Ao contrário do que os cientistas pensavam, que o Genoma humano possuía, no mínimo 120 mil genes entre os nossos 23 pares de cromossomos, o Genoma humano possui 25 mil, apenas 1500 genes a mais do que o verme primitivo, 10.000 a mais do que a mosca-das-frutas e quase a mesma quantidade dos ratos e gatos. Então, não somos os “bambans do pedaço” e nem tão complexos assim.
Sabemos hoje que os átomos são constituídos de partículas subatômicas e que a membrana é o cérebro da célula e não o seu núcleo, sendo este ultimo o seu sistema reprodutivo.
As pesquisas desde então, estão avançando e vocês continuam querendo saber o que mesmo tudo isso significa. Significa que precisamos desconstruir muitos conceitos aprendidos e saber que somos nós os donos do nosso destino, e que a herança genética não é fixa e nem imutável. Pois afinal de contas, não são os nossos gens que determinam o nosso destino. Somos nós que somos responsáveis por nossas escolhas. Como assim?
Um grupo de pesquisadores da Austrália, isolaram a membrana de uma célula, colocaram uma pequena lâmina de ouro sob ela e preencheram o espaço entre o metal e o tecido com uma solução especial de eletrólitos. Sabem do resultado? Quando os receptores da membrana foram estimulados os canais se abriram e permitiram a passagem da solução. O ouro atuou como um captador elétrico transformando essa atividade elétrica em um sinal digital que foi decodificado em uma tela. (LIPTON, Bruce, 2007). Uau!
Bruce Lipton, biólogo celular, descobriu em suas pesquisas que a membrana das nossas células é um cristal líquido, semicondutor, que contém portas e canais, que são semelhantes a um chip de computador, que são programáveis e constatou que não é o núcleo o responsável por essa programação. Constatou também que são os sinais do meio ambiente que geram reações na célula.
Assim como eu, você deve ter se assustado com tantas informações. Então vamos dar uma pausa e continuaremos essa conversa em um próximo artigo.
Venha comigo!
Artigo publicado no Jornal Diário de Ilhéus em 14/07/2017.