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Quando começamos a construir as nossas crenças?

A ciência comprova que, antes mesmo de nascer, uma parte da personalidade da criança já é moldada, pois o sistema nervoso do feto registra todas as experiências vividas no útero. O feto capta as informações emocionais adquiridas pela mãe durante a gestação.

Além disso, hoje os equipamentos mais modernos são capazes de constatar fatos antes impossível. A exemplo do EEG, o eletroencefalograma que constata que o cérebro humano opera em pelo menos cinco níveis de frequência diferentes, cada um associado a um estado. (Lipton, Bruce, Steve Bhaerman, Evolução Espontânea, 2013).

As frequências cerebrais das crianças em desenvolvimento vão aumentando conforme vão crescendo. Na fase de zero a um ano o cérebro da criança vibra em uma frequência muito baixa chamada Delta. É um estado de sono profundo e inconsciência. Na fase entre os dois e seis anos essa vibração aumenta um pouco e o cérebro entra na frequência Teta. E é aí que mora o perigo. Nessa idade os pais precisam ter muito cuidado. Pois é nessa fase, onde a criança vive entre o mundo imaginário e o mundo real, que ela absorve e registra as suas percepções sobre o mundo, seja ouvindo ou vendo, firmando as suas crenças. Ou seja, é nessa fase que o cérebro da criança é programado, antes mesmo de desenvolver o raciocínio crítico.

Garanto que a maioria dos pais, inclusive eu, se tivesse conhecimento dessa informação pensaria duas vezes antes de falar com os filhos ou, evitaríamos que eles presenciassem eventos que marcariam a sua vida quase para sempre. Digo quase, pois as pesquisas sobre o cérebro crescem em uma velocidade tão grande, que novas descobertas devem ser reveladas nos convidando a repensar tudo outra vez.

E agora José? Se os meus filhos já são grandes? Calma, nada de culpas.

Se tomou conhecimento disso, leve para os seus filhos. Assim poderão cuidar melhor dos seus netos. Informe a eles que nada é para sempre e hoje existem várias técnicas terapêuticas que ajudam a rever crenças.

Seguindo com a história das frequências cerebrais a próxima dos seis aos doze é a Alfa. Um nível mais calmo, mais consciente e tranquilo. Lá para os doze anos até uns trinta e cinco, o cérebro já expressa todas as frequências e entra no estado Beta, com mais consciência e foco. Acima disso o nosso cérebro entra numa frequência máxima chamada Gama.

E depois que sei de tudo o que sei, o que faço com isso? Abordaremos no próximo artigo. Até lá!

Artigo publicado no jornal Diário de Ilhéus em 21/07/2017.

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