Já comentei em artigo passado, que quando Cristo veio a Terra, veio com a missão de resgatar o amor fraterno. E esse, para mim, é o significado da ressurreição. Um momento de refletirmos sobre o nosso ressurgir.
Um tempo que precisamos nos oferecer e resignificar o nosso viver e sermos mais amorosos, principalmente conosco e assim sendo com o próximo.
O ressurgir das cinzas, como fazem as águias é o momento mais desafiador. Quando Cristo morre na cruz traz a representação da sua conexão com a Terra e toda a humanidade, representado pela via horizontal e sua conexão com o Céu e todo a divindade pela via vertical.
A ressurreição de Cristo é um convite para resgatarmos os nossos aspectos humanos e resignificá-los, entendendo que o outro sou eu e eu com o outro somos UM. É um convite também, para nos religarmos com o divino que existe em nós e que, infelizmente, estamos a cada dia que passa nos distanciando em função da sedução da matéria.
O divino que habita em nós pede silencio e escuta interna. E quem tem tempo? E como escuta com tanto barulho lá fora? Com tanta agitação? Sem condições.
Desculpa! Essa é uma boa desculpa. E digo que a desculpa é para se eximir da culpa como diz a própria palavra: des – ausência de , culpa – eu não me responsabilizo. Se eu não me responsabilizo por mim então fica mais fácil transferir para o outro, para o trabalho, para a situação do país e para o cachorro que late tanto que não posso escutar.
Não posso? Ou não quero?
Recentemente ouvi de uma monja que não podemos nos vitimar. Digo que poder podemos e não devemos. Podemos qualquer coisa a questão é o querer. Se quero posso fazer dentro das condições que tenho sem exigir condições para fazer. Por que as condições nunca serão 100% a ponto de atender todas as nossas exigências. E a nossa tendência é nos impedirmos exatamente com o SE. Se eu tivesse um carro eu iria, se eu conhecesse alguém eu faria, se eu tivesse tempo eu procuraria e assim vai se perdendo e se impedindo de ser e fazer.
Pois é mais simples manter aquilo que já é conhecido do que ressurgir diferente e olhar e enxergar aquilo que preciso alterar pois, me traz um certo conforto e segurança.
Ressurgir exige persistência, insistência, paciência e resiliência. E é tanta “encia” que muitos preferem a ausência de si. E simplesmente se retiram e se desconectam do que é mais sagrado: a sua essência amorosa.
Aproveite e pense. Pense sobre a possibilidade de ressurgir. De ser diferente do que você vem sendo. Olhe para os aspectos que podem lhe fazer um Ser Humano melhor, mais livre, mais feliz e menos preso às suas próprias amarras.
Ame-se! Ame apesar de tudo o que se apresenta em sua vida. Pois só o Amor cura. Então…cure-se e renasça outra vez e de novo. E quantas vezes forem necessárias para se sentir bem consig
Artigo publicado no Jornal Diário de Ilhéus em 29/03/2018.