HumanIdade – 1º ato
Qual a idade da humanidade?
De uma forma bastante lúdica Bruce Lipton e Steve Bhaerman contam em seu livro, Evolução Espontânea, uma história de amor. Uma história de amor do Universo, quando há bilhões de anos um raio de luz do sol se encontrou com uma partícula de matéria e dessa faísca de amor entre, o Pai Sol e a Mãe Terra surgiu um novo ser sobre a esfera azul-esverdeada.
Deste amor surgiu uma criança chamada Vida, que brinca nesse playground chamado Terra dando origem a uma infinita variedade de formas. Algumas conhecidas e outras jamais vistas por nós.
A Ciência revela que durante quase três bilhões de anos da história da Terra, os organismos unicelulares como bactérias, algas e protozoários semelhantes a amebas eram os únicos habitantes vivos.
E Bruce Lipton, especificamente nos convida a perceber que a maioria destes seres primitivos que vieram muito antes de nós eram, e ainda são, organismos que desenvolvem estratégias cooperativistas para a sobrevivência de todos. Bruce, como biólogo celular, nos chama à atenção, por meio das suas pesquisas que os seres humanos são meros resultados de uma “consciência ameboide coletiva”. Nossa condição humana reflete a natureza de nossa comunidade celular.
E no primeiro ato da Vida são esses seres unicelulares que habitavam a Terra e em cada um deles havia uma vontade própria e um propósito de vida.
Segundo as pesquisas de Bruce, as células são capazes de aprender com as experiências que vivenciam em seu ambiente e de criar uma espécie de memória que é passada aos seus descendentes.
Os organismos unicelulares sobreviveram e evoluíram a partir de uma interação cooperativa e isto prova a veracidade da teoria de evolução orgânica do menosprezado Lamarck. Na época em que lançou a sua teoria, que não estava completamente errada, foi considerado louco. E hoje percebemos que esta possibilidade é plenamente cabível e explicável pela própria natureza.
Hoje já temos conhecimento das relações simbióticas da natureza. Como por exemplo a de um camarão amarelo que agarra o seu alimento enquanto o peixe boi, seu parceiro, o protege dos seus predadores ou até uma espécie de caranguejo que carrega uma anêmona rosa sobre sua casca.
A Biologia de sistemas, ramo da ciência que está se expandindo, vem sendo revelada por biólogos que descobriram associações entre animais que desenvolvem em seu interior microorganismos que são necessários a sua saúde e desenvolvimento.
Conosco, seres humanos, a dinâmica é a mesma. Quando nos sentimos muito sós, buscamos interagir com outras pessoas. E o olhar para esta interação precisa ser de cooperação, pois se interagimos com um movimento competitivo alguém será destruído e isto reverberará, queiramos ou não, por todo o sistema vital.
Estamos presos à teoria da evolução darwiniana e precisamos ampliar o nosso olhar e considerar uma outra possibilidade de estarmos aqui para preservar a nossa vida e que esta vida depende da integração e harmonia de todos dentro de um sistema maior.
Estamos vivenciando um momento único na Humanidade, e embora já tenhams passado por muitos eventos semelhantes cada um traz a sua peculiaridade. Esta pandemia pela qual estamos passando, nos convida a muitas reflexões. E para mim, uma delas é que precisamos pensar que sós, sem interagirmos ou cooperarmos, tudo fica muito pesado e a vida que deve ser fluida se engessa. Eu já vinha refletindo sobre isto, e agora de forma mais intensa.
Precisamos acreditar no nosso poder de realizarmos juntos.
Eulina Lavigne é mãe de três filhos, poetisa, escritora, administradora, terapeuta clinica, com formação em Constelação Familiar pelo Hellinger-Institut Landshut (Alemanha), trabalha com trauma com a técnica da Experiência Somática – SE há 8 anos.
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Maravilha! Você surpreende a cada novo texto. Aguardo sempre com muita expectativa a chegada do próximo. Meus domingos ganharam mais uma inspiração. 🙏🤗
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Grata Adilson. É um incentivo para mim saber que meus textos lhe agradam. Um abraço!
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