
Este foi um ano desafiador. Intenso em tudo o que poderia se passar ao longo de 365 dias. Um ano recheado de aprendizados. Fomos fortes. Fomos resistentes. Perdemos muitos entes queridos que seguiram o seu destino. E demos a eles um lugar especial em nossos corações.
Agora, esperamos um ano novo, menos intenso. Ainda não temos ideia do que vai nos acontecer e esperamos que seja mais brando. De qualquer forma, acredito que sempre somos preparados para receber algo.
Aliás, todos os dias das nossas vidas, para quem acredita nelas, estamos sendo preparados para um ano que acreditamos será novo. Para uma novidade. E por mais que tenhamos sido pegos de surpresa pela Pandemia, algo que quase ninguém esperava, ou alguns já despertavam, saiba que vínhamos sendo preparados, ao longo das nossas vidas, para receber isto e que o ocorrido faz parte de um preparo para um grande aprendizado.
O ano novo, em parte, é ano velho. Todos os anos muitos acontecimentos são parecidos com os do ano anterior. Pessoas nascem, pessoas morrem, se separam, casam, as estações do ano se manifestam da forma como deviam, outras mais agressivas, o que altera é a forma e a intensidade como as coisas acontecem. E saiba, acontecem como resposta às manifestações dos seres humanos aqui na Terra.
Qualquer que seja o ocorrido, principalmente se for algo de fato inesperado, rápido ou intenso, provavelmente acreditamos que estamos despreparados para receber.
Quando na verdade, esetávamos nos preparando em doses homeopáticas para isto.
Aí você me pergunta: preparados para receber a Pandemia? Como?
Já estávamos tão distantes uns dos outros, dos vizinhos, dos amigos, da família, por conta do trabalho. Andávamos sem tempo!
Sem tempo para ver. Sem tempo para enxergar o que precisava ser visto.
Então, veio a Pandemia e deu um basta nisso. É para ficar distante? Então vamos ver se cada um pode perceber o significado disso. Então, como um passe de mágica, que não foi, esse distanciamento que já estava posto de forma individual, se materializou de forma coletiva. Sem escapatória.
Então, me diga, estamos sempre ou não, sendo preparados para o que estar por vir? Agora, é preciso atenção. É necessário despertar para evitar a manipulação e evitar que algo maior e pior nos aconteça.
É preciso acreditarmos que estamos sim sendo preparados para tudo aquilo que podemos receber e transformar caso seja necessário. E que, também, podemos nos preparar para o inesperado de modo que ele cause menos dano ao nosso Ser.
E como se dá este preparo? Com a sua PRESENÇA. Percebendo cada vez mais como a sua alma se manifesta no seu corpo. O que ela te pede, se conectando com você mesma, com o seu divino, com a sua alma manifesta aqui e agora.
Quando conseguirmos cada vez mais estarmos presentes e manifestar a nossa essência e acolher a nossa forma de ser e a do outro com respeito, quando pudermos expressar as nossas dores e amores com simplicidade e acolhimento, quem sabe o ano será novo. Porque eu me renovei, porque trouxe o novo para dentro de mim. Porque pude olhar para as minhas velhas crenças, a minha forma de estar presente na vida, na Terra e fazer uma limpeza.
Fazer, como se diz, uma reforma íntima. E como o nome já diz, intimidade, é algo meio que secreto, que só você, lá no fundo da sua alma, sabe o que precisa alterar.
E quando você conseguir alterar……aí sim o ano será de fato novo!
Então, feliz reforma íntima para você e assim sendo, teremos um novo ano!
Artigo publicado no jornal Diário de Ilhéus em 31/12/2020.
Eulina Menezes Lavigne é mãe de três filhos, escritora, poetisa, administradora, empreendedora social, agricultora orgânica, terapeuta clínica, consteladora familiar há 16 anos, trabalha com trauma utilizando a técnica, naturalista e psicobiológica, SE – Experiência Somática.
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