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Novamente o início do fim

Hoje eu queria falar sobre a passagem de Dom e Bruno aqui na terra. E me falta inspiração. Penso que já falaram demais e precisamos de silêncio, para agir com mais efetividade.

Fico me perguntando onde será o início do fim. Esta reflexão veio à mente a partir de uma matéria que li com uma das lideranças indígenas da tribo dos Krenak, Ailton Krenak onde ele fala do seu livro, um dos mais vendidos do Brasil, chamado Ideias Para Adiar o Fim do Mundo.

Na matéria ele questiona a forma de pensar sustentabilidade e se é mesmo possível ser sustentável.  Pensa que viver de forma sustentável é mais uma vaidade pessoal, porque produzimos tanto lixo que não teremos destino para ele.

Sim, em parte é verdade o que ele fala. A palavra sustentabilidade virou moda e discurso desalinhado pois, seremos incapazes de viver a sustentabilidade em sua plenitude se desrespeitamos o direito do Ser Humano de viver bem. De viver com dignidade, de ocupar o seu espaço do bem viver. Se ignoramos e desrespeitamos aqueles que na Terra habitam buscando fazer dela um planeta melhor. Mais saudável.

A mineração e a exploração dos nossos solos invadem o nosso país, com a falsa propaganda do desenvolvimento. E a Grande Mãe já nos deu uma devolutiva indicando que o caminho está equivocado. Presenciamos tragédias como as de Brumadinho, Mariana, Amazônia e mesmo assim falta a escuta.  Onde vamos colocar tantos dejetos, tanto lixo que os grandes empreendimentos depositam na terra e a indústria nos seduz a consumir?

Somos, cada vez mais, atraídos a consumir vaidades e muitas coisas desnecessárias ao nosso cotidiano.

No entanto, penso que o fim se inicia em cada um de nós. O fim de qualquer coisa que façamos tem início em nós. Então, não há escapatória. Ou somos exemplo ou sustentabilidade será, de fato, mais um jogo de poder para sanar as vaidades pessoais.  E, além disso, só vamos conseguir ser sustentáveis se além de começar em nós fizermos um movimento coletivo para que tenhamos força para superar todas as tentações que a indústria e o mercado nos impõem.

A pouca consciência da importância de cada vez mais respeitarmos a nossa grande Mãe, respeitarmos uns aos outros pelo seu direito de pensar diferente e buscar o caminho do diálogo, em prol de soluções que sejam favoráveis para a Humanidade, penso que é um grande impeditivo para de fato sermos sustentáveis.

Qualquer violência que se cometa à grande Mãe, e a quem nela habita, significa violência a todos nós, porque estamos dentro e não fora. E a Terra, assim como nós, é UNA.

A falta de consciência sobre as más ações, que começam em nós e reverberam na sociedade, é grande.

São as nossas ações individuais, que se tornam coletivas, que vão nos dizer se teremos um final feliz ou não e que farão a diferença.

Como já dizia o meu amigo Raulzito: O hoje é apenas um furo no futuro, por onde o passado começa a jorrar….vi o fim chamando o princípio para poderem se encontrar.

Eulina Menezes Lavigne é mãe de três filhos, escritora, poetisa, administradora, empreendedora social, agricultora orgânica, terapeuta clínica, consteladora familiar há 18 anos, trabalha com trauma utilizando a técnica, naturalista e psicobiológica, SE – Experiência Somática.

Para entrar em contato clique no link:

http://bit.ly/WhatsEulina

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