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Sentir o Campo e sentir o corpo

A nossa alma pulsa no corpo e assim pulsamos na vida e para a vida.

Somos frutos de muitos eventos transgeracionais e devemos ser gratos a isto, pois foram os nossos antepassados   que enfrentaram tantos desafios e conquistaram tantas coisas, que   permitiram estarmos aqui hoje. Usufruindo de tudo. De tudo. Sem importar o que foi bom ou ruim. Pois estamos aqui, na vida!

E estar na vida nos pede presença. Que parece fácil e, no entanto, nos exige entrega, firmeza, confiança, clareza de propósito.

Muitas vezes, quando somos crianças, a vida é tao desafiadora que a estratégia de fuga é a mais conveniente. É também   uma questão de sobrevivência, pois as ameaças, muitas vezes,  são tantas que a vulnerabilidade e o tamanho da insegurança, pela ausência dos pais ou um responsável para nos assegurar a vida, gritam mais alto e dizem: sai do corpo.

Sair do corpo é criar uma barreira entre a mente e o corpo. Assim a nossa criança se defende, para sofrer menos e seguir a vida fazendo o que acredita precisa ser feito para garantir a sua existência.

Sair do corpo é parar de tomar contato com a emoção. O movimento da vida. Evitamos sentir pois, a dor é tão grande que achamos que não iremos suportar.

Acontece que ao longo da nossa existência, essa mesma vida vai nos convidando a olhar. Trazendo eventos cheios de aprendizados e de ampliação de consciência, quando nos permitirmos a compreensão, e então o corpo chama: volte aqui.

No fundo não é nem o corpo que chama, desculpa, é a nossa Alma por meio da Grande Alma, pois o nosso desejo de liberdade começa a ficar mais forte. Ficamos desejosos de retirar tantas amarras, tantas ligações ao nosso passado que o retorno é imprescindível.

Bert Hellinger, um dos idealizadores da Constelação Familiar, diz assim sobre a liberdade:

Um discípulo perguntou a um mestre: “Diga-me, o que é a liberdade?”

“Que liberdade?”, perguntou-lhe o mestre. “A primeira liberdade é a estupidez. Lembra o cavalo que relinchando derruba o cavaleiro, só pra sentir depois o seu pulso ainda mais firme.

“A segunda liberdade é o remorso. Lembra o timoneiro que, após o naufrágio, permanece nos destroços em vez de subir no barco salva-vidas.

“A terceira liberdade é a compreensão. Assemelha-se ao caule que se balança com o vento e, por ceder onde é fraco, permanece de pé.”

“Isso é tudo?”, perguntou o discípulo.

O Mestre retrucou: “Algumas pessoas acham que são elas que buscam a verdade de suas almas. Contudo, é a grande Alma que pensa e procura por meio delas. Como a natureza, ela pode permitir-se muitos erros, porque está sempre e sem esforço substituindo os maus jogadores. Mas àquele que a deixa pensar ela concede, às vezes, certa liberdade de movimento. E, como um rio que carrega um nadador que se deixa levar, ela o leva até a margem, unindo sua força à dele.”

Vamos precisar deixar que a vida nos leve, vamos precisar ir lá no passado, revisitá-lo, ressignificar e honrar a vida que recebemos, da forma que pode ser ofertada pelos nossos pais e sentir no corpo a nossa história.

Valida-la e dizer, aqui eu fico. Olhar para essa história, honra-la e dizer: aqui reside a minha Alma regida pela Alma maior. E eu aceito e confio.

Eulina Menezes Lavigne é mãe de três filhos, escritora, poetisa, administradora, empreendedora social, agricultora orgânica, terapeuta clínica, consteladora familiar há 18 anos, trabalha com trauma utilizando a técnica, naturalista e psicobiológica, SE – Experiência Somática.

Clique aqui para entrar em contato:

http://bit.ly/WhatsEulina

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